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SARAMPO

Em pleno século XXI, uma doença que estava erradicada infelizmente está voltando a aparecer por conta da irresponsabilidade de pessoas que seguem o movimento antivacinas, e é uma pena que a conta esteja sendo paga por seres inocentes. As vacinas estão entre as medidas mais eficazes para manutenção da saúde pública.

O sarampo é uma doença infectocontagiosa causada por um vírus altamente contagioso chamado Morbillivirus. É transmitido através do contato com gotículas do nariz e da boca da pessoa infectada, quando ela tosse, espirra e/ou fala. A doença é potencialmente grave, podendo levar a morte. Em gestantes, pode provocar aborto ou parto prematuro. Seu diagnóstico é feito através de exames clínicos e, quando necessário, confirmado por exame de sangue.

O período de incubação varia entre 10 e 18 dias. Em média, no final da segunda semana após o contágio, começam a aparecer as manifestações da doença (febre alta, tosse, secreção nasal e conjuntivite) e dois ou três dias depois, a erupção cutânea característica, que são as manchas avermelhadas na pele que começa no rosto e espalha-se pelo corpo todo. Nos casos mais graves da doença, podem ocorrer pneumonia e problemas neurológicos.

Conforme o estudo publicado pela revista ”Science” em 2015, além do risco de morte, o sarampo pode afetar o sistema imunológico por até três anos, expondo os sobreviventes a um risco maior de contrair outras doenças infecciosas e até mesmo mortais.

Como é uma doença autolimitada seu tratamento é sintomático, ou seja, visa o alívio dos sintomas até que a pessoa se cure. Por isso a melhor solução para evitar os transtornos e consequências da doença é a vacinação infantil, já que confere proteção permanente, isto é, para a vida toda.

Segundo o Ministério da Saúde as crianças devem tomar duas doses da vacina combinada contra rubéola, sarampo e caxumba (tríplice viral): a primeira, com um ano de idade; a segunda dose, entre quatro e seis anos. Existe também a opção da tetra viral, que inclui a varicela. Os adolescentes, adultos (homens e mulheres) e, principalmente, no contexto atual do risco de importação de casos, os pertencentes ao grupo de risco, também devem tomar a vacina tríplice viral ou dupla viral (contra sarampo e rubéola).

É importante procurar atendimento médico se aparecerem manchas avermelhadas na pele da criança, mesmo que ela tenha sido vacinada contra o sarampo. Investigue se você teve a doença na infância ou se já tomou a vacina. Em caso de dúvida é melhor procurar um centro de vacinação.

Maria Júlia Sieburth
Biomédica – CRBM 32331
Especialista em Patologia Clínica, Biologia Molecular e Imagenologia
mjsieburth@gmail.com

 

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