Home / Colunistas / ATAQUE DE PERNILONGOS

ATAQUE DE PERNILONGOS

Países tropicais têm elevada riqueza de mosquitos o ano todo. No entanto, existem períodos mais favoráveis, que propiciam o aumento dos insetos, que não desaparecem do ambiente, ou seja, junto com o calor típico do verão, vem também a volta do ataque incômodo de pernilongos. A presença deles nessa época do ano se deve justamente porque a temperatura ambiente ideal para o seu organismo é em torno de 26ºC a 28ºC.

Eles não são vampiros, mas vêm de noite em busca de sangue. Os pernilongos, mosquitos do gênero Culex -que atacam principalmente no verão- escolhem suas vítimas pelo cheiro.

Só as fêmeas picam pois precisam de sangue para gerar ovos saudáveis. Pessoas com um metabolismo mais acelerado estão mais sujeitas às picadas. Isso estas fêmeas rastreiam no ar o CO2 e o ácido lático -substâncias geralmente produzidas em maior quantidade por essas pessoas ou após grande esforço físico.

Os mosquitos têm proteínas em suas antenas que funcionam como receptores de “cheiro”. Além disso, a atração que os pernilongos têm por alguma pessoa em especial pode estar relacionada à flora de bactérias e fungos presentes na pele.

Pior do que a picada do pernilongo é o ardor e a coceira no local. Essas sensações decorrem da reação alérgica que o organismo produz às substâncias presentes na saliva do bicho. Como em todos os casos de resposta alérgica, algumas pessoas são mais sensíveis do que as outras ou em alguns casos, há gente que é picada, mas nem nota.

Não há muito como mudar, via alimentação, a atratividade que se exerce aos pernilongos. Um mito popular aponta que comer alho poderia ajudar, pelo cheiro exalado, a espantar os mosquitos, o mesmo valendo para frutas e doces, que ao contrário, poderiam atrair os bichos. A ingestão de alimentos não altera o comportamento deles.

Para reduzir a quantidade de pernilongos, o caminho seria a eliminação de focos de água parada com material orgânico e não deixar água parada em casa. “Cuidado que vale especialmente para combater também a reprodução do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, Zika e Chikungunya”, alem disso, restam as telas, mosquiteiros, inseticidas e repelentes -os modelos que são ligados na tomada são eficientes.

Uma alternativa “mais natural” para lidar com os mosquitos é o uso da citronela -uma planta aromática- e dos incensos e óleos feitos à base de extratos vegetais, porém, cabe o alerta que o contato direto desses compostos com a pele pode provocar alergias ainda mais graves que aquela da picada, para uso no corpo o ideal são os repelentes comerciais, os quais já tiveram sua segurança atestada, no caso, os que contêm ou DEET ou Icaridina como princípios ativos, são os mais eficientes.

Carlos Garcia Louzada
Méd. Veterinário Secretaria Municipal de Saúde

 

About redação

Check Also

A saúde geral e bucal da mulher

A saúde geral e bucal da mulher Há uma relação entre minha saúde bucal e …

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *