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HIV x AIDS

Muita gente ainda se confunde com esses dois termos, mesmo sendo diferentes.

O HIV (vírus da imunodeficiência humana) é o vírus causador da AIDS. Uma pessoa, que esteja em tratamento adequado com os antirretrovirais, pode conviver com o vírus e nunca sequer chegar a manifestar a doença, ou seja, quem tem HIV – o chamado soropositivo ou HIV-positivo – não necessariamente desenvolverá AIDS, desde que siga corretamente o tratamento. Existem dois tipos de vírus, o HIV 1 e o HIV 2.

Já a AIDS ou SIDA (síndrome da imunodeficiência adquirida) é a doença manifestada. É quando o sistema imunológico perde a capacidade de se defender do HIV, e consequentemente o organismo fica com as defesas ineficazes, encontrando-se desta maneira mais propenso às doenças oportunistas, como exemplo a pneumonia e tuberculose.

Os antirretrovirais fazem com que a carga viral da pessoa soropositiva permaneça baixa e o número de CD4 no sangue – que são células de defesa do nosso corpo – fiquem altos, portanto é difícil de a pessoa manifestar os sintomas da patologia. Quanto antes for descoberto o vírus e iniciar o tratamento, menor a chance de desenvolver a doença. Inclusive graças aos avanços no tratamento, hoje quem tem o HIV pode morrer de velhice ou pelas doenças oportunistas, e não mais pela doença.

Estudos internacionais já mostraram que um soropositivo em tratamento e há seis meses com a carga viral baixa, tem 96% menos chances de transmitir o vírus durante o ato sexual. Essa, que foi eleita a descoberta científica do ano em 2011 pela revista Science, é também um dos mais importantes passos contra a discriminação de soropositivos e um salto na qualidade de vida de quem vive com HIV.

O HIV é transmitido por meio da troca de fluidos corporais, porém saliva e suor não fazem parte. Apenas sangue, sêmen, secreções genitais e leite materno possuem concentração de vírus suficiente para infectar outra pessoa. Portanto, nunca é demais lembrar que as únicas formas de transmissão do HIV são: relações sexuais desprotegidas – anal, oral ou vaginal -, transfusão de sangue, compartilhamento de seringas ou de mãe para filho (transmissão vertical). Não se pode contrair HIV por nenhum outro meio que não sejam esses.

Na dúvida realize um exame convencional ou teste rápido em algum posto de saúde ou UBS de sua cidade. Normalmente também possuem exames para identificar Sífilis, Hepatite B e C.

Maria Júlia Sieburth
Biomédica – CRBM 32331
Especialista em Biologia Molecular, Imagenologia e Patologia Clínica
mjsieburth@gmail.com

 

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