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CORONAVÍRUS (nCoV-2019)

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus, chamado de novo coronavírus – nCoV-2019, foi descoberto em 31/12/2019 após casos registrados na China, mais precisamente na cidade de Wuhan.

Alguns coronavírus podem causar doenças graves com impacto importante em termos de saúde pública, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), identificada em 2002, e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), identificada em 2012.

O nCoV-2019 é transmitido através do ar, de pessoa para pessoa ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como por exemplo, gotículas de saliva, tosse, espirro, apertos de mãos, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
O diagnóstico é feito com a coleta de materiais respiratórios (aspiração de vias aéreas ou escarro). Em casos suspeitos são necessárias duas amostras. Acredita-se que a doença fique incubada até duas semanas após o contato com o vírus.

Os sintomas podem variar desde um resfriado comum, até um quadro respiratório bastante grave, como uma pneumonia de evolução rápida, semelhante aos casos de influenza. Os pacientes podem apresentar febre, tosse e dificuldade para respirar.

Não existe diferença quanto aos sinais e sintomas de uma infecção pelo nCoV-2019 em comparação com os demais vírus. É importantíssimo ficar atento às áreas de transmissão local. Apenas pessoas que tenham sintomas e tenham viajado ou tenham tido contato com pessoas que viajaram para a China são suspeitas de infecção!

Não há motivo para preocupações em nosso país até o momento, como estamos no verão, o potencial para disseminação dos vírus respiratórios diminui.

Até o momento, não há nenhum medicamento específico ou vacina que possa prevenir a infecção. Assim que os primeiros sintomas surgirem, é fundamental procurar ajuda médica imediata para confirmar o diagnóstico.

A OMS declarou no dia 30/01/2020 emergência de saúde pública de interesse internacional, o que significa que protocolos para controle de epidemia se tornam obrigatórios por parte dos países, assim a solução ou ainda a diminuição do quadro será favorável. A declaração ocorreu justamente, já que a doença não está afetando apenas a região onde foi descoberta, mas sim afetando outros países. Além disso, não há orientação da Organização Mundial de Saúde, até o momento, para bloquear portos, aeroportos e fronteiras.

Ao contrário do que tem sido divulgado nas mídias, encomendas vindas da China não possuem risco de serem contaminantes. Os vírus, normalmente, não sobrevivem muito tempo fora do corpo de outros seres vivos, e o tráfego destes produtos costuma demorar muitos dias para chegar ao destino final, portanto não sobreviveriam. Existem muitas informações verdadeiras, porém infelizmente também existem inúmeras inverdades sobre o assunto. O Ministério da Saúde recomenda como forma de prevenção:

– Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas;
– Realizar lavagem frequente das mãos (a lavagem deve durar no mínimo 20 segundos e ser realizada com água e sabão);
– Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
– Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
– Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
– Higienizar, com a lavagem ou com álcool em gel 70%, as mãos após tossir ou espirrar;
– Não compartilhar objetos de uso pessoal;
– Manter os ambientes bem ventilados;
– Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença;
– Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações. Esses são hábitos diários que podem ajudar a impedir a propagação de vários vírus, inclusive do novo coronavírus.

Foi disponibilizado pelo Ministério da Saúde, uma plataforma integrada de Vigilância em Saúde para que seja possível acompanhar a evolução da doença no Brasil e no mundo, os dados são atualizados diariamente, basta acessar o site: http://plataforma.saude.gov.br/novocoronavirus.

Também foi desenvolvido por especialistas do Centro de Ciência e Engenharia de Sistemas da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, um site que monitora a propagação da doença. Os dados no gráfico online são abastecidos em tempo real com informações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e de centros de controle da doença de diferentes países.

Maria Júlia Sieburth
Biomédica – CRBM 32331 – Especialista em Biologia Molecular, Imagenologia com ênfase em Tomografia Computadorizada e Patologia Clínica – Docente em cursos Técnicos de Análises Clínicas, Estética, Química e Radiologia mjsieburth@gmail.com

 

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