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VACINAS E ANTICORPOS

Pode ser gotinha ou injeção, mas não tem jeito, todo mundo tem que tomar. Nossas companheiras desde nossos primeiros dias de vida, sendo responsáveis pela eliminação de várias doenças. Atuam na prevenção, não sendo eficazes quando uma pessoa já adquiriu a doença.

Pesquisadores do Mundo inteiro estão pesquisando e tentando desenvolver a vacina contra a Covid-19 o quanto antes, assim com a imunização conseguiremos controlar a pandemia.
Muitas vacinas precisam ser reforçadas de tempos em tempos, como as vacinas para tétano, febre amarela e difteria, que perdem efeito após 10 anos de sua administração. É importante ficar atento aos prazos.

A aplicação de vacinas, em alguns casos, causa reações como febre, dor em torno do local da aplicação e dores musculares, porém não é desculpa para deixar de vacinar seus filhos ou ainda manter sua caderneta de vacinação em dia. É necessário ter responsabilidade moral com nossos filhos e com os filhos dos outros.

Para vacinar uma criança, adolescente ou adulto basta procurar uma Unidade Básica de Saúde. Faça sua parte e procure seguir o calendário básico de vacinação. No SUS as vacinas são gratuitas!
O processo de imunização é composto de antígeno, anticorpo e vacinação. Esses termos têm relação direta com o sucesso da prevenção.

Os antígenos são agentes que reagem com um anticorpo e que podem desencadear doenças em nosso organismo. Já os anticorpos são proteínas que tentam proteger nosso corpo contra os antígenos. A vacinação, por sua vez, garante que antígenos inativos (com microrganismos mortos) ou atenuados (com microrganismos enfraquecidos) sejam colocados em nosso corpo de modo a garantir a produção de anticorpos específicos e células de memória. Desse modo, quando uma pessoa é exposta àquele antígeno, o corpo já está preparado para garantir a proteção, ou seja, o sistema imunológico da pessoa vacinada passa a produzir anticorpos específicos para aquele antígeno já conhecido, combatendo os vírus e/ou bactérias em futuras infecções.

Podemos realizar exames sorológicos para identificar a presença de anticorpos no sangue. As três imunoglobulinas investigadas com maior frequência em exames são IgE, IgG e IgM. Os anticorpos IgG e IgM têm ação conjunta na proteção imediata e a longo prazo contra infecções. Os anticorpos IgE estão associados a alergias.

A imunoglobulina M (IgM) é o maior anticorpo e o primeiro a ser produzido quando ocorre a exposição pela primeira vez a um antígeno. Já a imunoglobulina G (IgG), é o anticorpo mais comum no sangue, sendo o mais específico e serve para proteger o organismo contra futuras infecções causadas pelo antígeno já conhecido.

Quando o resultado do teste sorológico for IgG e IgM positivos (reagentes), significa que a infecção é recente (semanas ou meses). Já quando o resultado for IgG e IgM negativos (não-reagentes), significa que nunca houve infecção por este agente patogênico e também não foi vacinado contra ele. Podemos ter mais dois resultados, como por exemplo, IgG negativo (não-reagente) e IgM positivo (reagente), significa que existe infecção. Já o outro resultado pode ser IgG positivo (reagente) e IgM negativo (não-reagente), significa que já houve infecção por esse antígeno e o organismo já possui defesa contra ele, ou ainda, que a pessoa foi vacinada e o organismo teve sucesso na produção de anticorpos. Sempre consulte um médico para que ele interprete da melhor maneira o resultado dos seus exames.

Maria Júlia Sieburth
Biomédica – CRBM 32331-
Especialista em Biologia Molecular, Imagenologia com ênfase em Tomografia Computadorizada e Patologia Clínica
Docente dos cursos técnicos em Análises Clínicas, Estética, Química e Radiologia
mjsieburth@gmail.com

 

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