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MERCÚRIO ESTÁ PROIBIDO

A partir de 01 de Janeiro de 2019 segundo a Anvisa e Ministério da Saúde fica proibida a fabricação, importação e comercialização de produtos para saúde que contenham o mercúrio, como termômetros e medidores de pressão corporal que utilizam coluna de mercúrio.

O uso destes equipamentos em serviços de saúde também foi proibido e, portanto deverá ser realizado o descarte adequado conforme as normas definidas pela Anvisa (RDC nº 306/2004) e Órgãos Ambientais (Federal e Estadual).

A medida foi publicada originalmente no Diário Oficial da União em Março de 2017, mas, naquela ocasião, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu até o início deste ano para os fabricantes e os serviços de saúde se adaptarem à norma.

Isso é resultado da Convenção de Minamata. A convenção foi assinada pelo Brasil e mais 140 países em 2013 e tem como objetivo eliminar o uso de mercúrio em diferentes produtos como pilhas, lâmpadas e equipamentos para saúde, entre outros, evitando assim a contaminação ambiental e humana. O nome do acordo é uma referência às vítimas que morreram após consumirem peixes contaminados por mercúrio da Baía de Minamata, no Japão.

A resolução, entretanto, não veta o uso doméstico de termômetros de mercúrio para quem já possui o equipamento, desde que tenham cuidado no armazenamento e na manipulação para que não ocorra a quebra do vidro, ou seja, se o termômetro estiver em boas condições (íntegro) não há problema à saúde.

Como se trata de um metal pesado, o mercúrio quando vaza desses aparelhos pode causar  problemas ao sistema nervoso e à tireoide, caso a exposição ao material ocorra por longos períodos. Porém a quantidade de mercúrio presente em termômetros de uso caseiro não chega a ser comprometedora, mas em caso de acidentes é importante tomar as seguintes precauções, conforme a Anvisa determina:

– Não permita que crianças brinquem com as bolinhas de mercúrio;

– Utilize luva e máscara e recolha com cuidado os restos de vidro em toalha de papel e coloque em recipiente resistente à ruptura, para evitar ferimento e feche hermeticamente;

– Localize as “bolinhas” de mercúrio e junte-as com cuidado utilizando um papel cartão ou similar. Recolha as gotas de mercúrio com uma seringa sem agulha. As gotas menores podem ser recolhidas com uma fita adesiva;

-Transfira o mercúrio recolhido para o recipiente de vidro ou plástico duro e resistente, feche hermeticamente e cole um rótulo indicando o que há no recipiente;

-Recipientes que acondicionem mercúrio líquido ou seus resíduos contaminados devem estar armazenados com certa quantidade de água, que cubra esses resíduos, para minimizar a formação de vapores de mercúrio;

-Identifique o recipiente, escrevendo na parte externa “Resíduos tóxicos contendo mercúrio”;

– Não use aspirador, pois isso vai acelerar a evaporação do mercúrio, assim como contaminar outros resíduos contidos no aspirador;

– Coloque o recipiente em uma sacola fechada;

-Entre em contato com o serviço de limpeza urbana do seu município ou órgão ambiental (Estadual ou Municipal) para saber como proceder a entrega do material recolhido.

 

Maria Júlia Sieburth
Biomédica – CRBM 32331
Especialista em Biologia Molecular, Imagenologia e Patologia Clínica
mjsieburth@gmail.com

 

 

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