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PANDEMIA X FESTAS DE FINAL DE ANO

Fiquei pensando no que escrever nessa última coluna de 2020, e logicamente o assunto não poderia ser outro, as festas de final de ano e o aumento dos casos da doença.
Ando escutando que quando o ano acabar a pandemia irá acabar também, já ouviram isso? Não é verdade gente!!! O ano irá mudar sim, porém a condição de pandemia irá persistir, infelizmente, não fiquem achando que só mudar o ano irá bastar para voltarmos para nossas vidas de antes. Só estaremos “livres” do vírus quando realmente a vacina for aprovada e disponibilizada para a população, porque antes disso, tudo continuará igual.

Precisamos continuar tendo consciência que o vírus e a pandemia existem, e que os casos voltaram a subir em nossa região. É preciso pesar nossas escolhas e colocar na balança nossas atitudes. Devemos ter consciência social e respeito com o próximo. Afinal, o uso de máscaras protege quem está próximo de nós, e não a nos mesmos! Ela funciona como uma barreira que impede que as partículas de saliva (que podem conter o vírus) saiam quando espirramos e/ou falamos, e fiquem dispersas nas superfícies/ no ar. Se eu uso a máscara, eu protejo quem está próximo a mim, e se a pessoa que está próxima usa a máscara, ela me protege! É simples, é básico e não custa nada prezar pelo próximo! Não podemos esquecer ainda, de manter o distanciamento e a higienização constante das mãos, além é claro, de evitar levar as mãos sujas aos olhos, nariz e boca.

Quando a pandemia começou e “estourou a bomba” eu logo pensei, o problema não será a doença, mas sim a falta de bom senso e discernimento de algumas pessoas para a gravidade do que vamos viver. Dito e feito! Se todos, sem exceção, fizerem a sua parte, ficará muito mais fácil.

Mantendo a recomendação de evitar as aglomerações e realizar o distanciamento, vale a pena nos reunirmos no Natal e Ano Novo? Será que vale o perigo de você se contaminar ou contaminar algum ente querido ou amigo? Vale realmente tudo quando o assunto são festas de final de ano? Vale a pena brincar de “roleta russa” (já que cada organismo reage de uma forma ao vírus) e arriscar ficar doente por algumas horas de festa? Lembrando que obviamente, essa é uma escolha pessoal de cada um e de cada família. Mas vale a reflexão.

Quem fez esses questionamentos pode se sentir privilegiado, já que com certeza não perdeu ninguém que amava durante a pandemia, diferente de milhares de pessoas, que dariam tudo para ficar com essa mesma dúvida, passo ou não as festas com ele/ com ela?

Não existe encontro 100% seguro, porém podemos tomar alguns cuidados para amenizar os riscos. Como por exemplo, ficar em ambientes ao ar livre; manter o distanciamento de no mínimo 1,5 m entre as pessoas; tentar se reunir apenas com pessoas do seu ciclo de convivência; usar as máscaras sempre, retirar apenas para se alimentar; zelar pelos familiares idosos e com comorbidades; quando não for possível a higienização com água e sabão, usar o álcool gel 70%.

Como profissional da área da saúde estou apenas orientando e tentando mostrar outras versões, que as vezes, na ansiedade e na empolgação das festas, não percebemos, ou, preferimos não pensar. Então significa que vou ter que ficar trancado dentro de casa até a vacina ser liberada? NÃO! Mas significa que você precisa colocar na balança suas prioridades e avaliar as melhores escolhas para você! Portanto, calcule o risco X benefício que isso gera a você e tente usar o bom senso.

Maria Júlia Sieburth
CRBM 32331
Especialista em Biologia Molecular, Imagenologia com ênfase em Tomografia Computadorizada e Patologia Clínica
Docente dos cursos técnicos em Análises Clínicas, Estética, Química e Radiologia
mjsieburth@gmail.com

 

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